Aprenda a identificar sintomas e sinais do Transtorno da Personalidade Limítrofe (ou Borderline)
Você já sentiu medo do abandono? Aquele aperto no coração quando imaginamos ser deixados por nossos pais ou por alguém que amamos? Essa sensação é comum a todos os seres humanos em certos momentos da vida, mas para algumas pessoas ela se torna uma presença constante e dominante. Estamos falando do transtorno de personalidade borderline, também conhecido como limítrofe, que traz consigo uma série de desafios emocionais e psiquiátricos.
Entendendo a personalidade limítrofe
É importante considerar que o termo “borderline” significa “limítrofe”. Essa palavra descreve perfeitamente a precária fronteira entre a lucidez e a insanidade vivenciada por essas pessoas. A personalidade borderline é um grave transtorno mental que afeta cerca de 1% a 2% da população geral, sendo mais comum em mulheres, com sintomas que tendem a diminuir a partir dos 40 anos.
Um dos aspectos mais desafiadores desse quadro é a instabilidade emocional vivida pelos pacientes. Eles experimentam uma variedade de sentimentos e emoções conflitantes, como raiva, tristeza, vergonha, pânico, terror e sensações crônicas de vazio e solidão. Além disso, a mudança de humor é rápida e frequente, oscilando entre estados de agitação e calma ao longo do dia.
Principais sintomas
A personalidade limítrofe engloba manifestações típicas de diversos transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar. No entanto, esses pacientes não se enquadram completamente nessas classificações, pois apresentam uma combinação dos mesmos sintomas, mas menos acentuados. Isso se traduz em comportamentos compulsivos e impulsivos, que podem variar desde a dependência química até a paranoia e a compulsão alimentar e por sexo.
Dificuldades de relacionamento
Identificar uma pessoa com transtorno de personalidade borderline não é tão difícil, pois os sintomas costumam impactar todos que se relacionam com ela, principalmente os familiares. Provavelmente, ela enfrenta dificuldades significativas nos relacionamentos interpessoais.
Elas podem idealizar intensamente uma pessoa em um momento e desvalorizá-la completamente em outro, levando a relacionamentos turbulentos e voláteis. Essas mudanças extremas de perspectiva podem ser extremamente desgastantes para todos os envolvidos, criando um ciclo de conflitos e rupturas.
Comportamentos autodestrutivos
A pessoa com a personalidade limítrofe, muitas vezes, se envolve em comportamentos de automutilação, como cortes ou queimaduras, buscando uma forma de aliviar a dor emocional intensa que sente. Também pode ter tendências suicidas e fazer tentativas de tirar a própria vida.
Aliás, uma das consequências mais tristes dessa condição é o alto índice de suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das pessoas com o transtorno acabam tirando suas próprias vidas. Uma estatística alarmante que nos mostra a importância de compreender e tratar adequadamente essa condição.
Tratamento
É fundamental entender que o transtorno de personalidade borderline não é uma escolha, mas sim uma condição clínica que requer tratamento e apoio adequados. Nesse sentido, uma abordagem multidisciplinar é fundamental, envolvendo o acompanhamento de profissionais como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e outros especialistas.
A medicação também pode ser utilizada como parte do tratamento, ajudando a controlar sintomas como depressão, ansiedade e impulsividade, mas ainda mais fundamental é que os pacientes recebam o apoio adequado de sua rede pessoal de apoio. O entendimento, a empatia e o suporte emocional são essenciais para auxiliar no processo de recuperação e no enfrentamento dos desafios diários.
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