Aprenda a identificar os sintomas, diferenciar os tipos de transtornos de ansiedade e saiba como funciona o tratamento
Você pode até estranhar essa afirmação, mas pode acreditar: a ansiedade é um fenômeno importante que faz parte da vida de todos nós! Ela nada mais é do que uma reação natural do cérebro cujo intuito é nos alertar em situações adversas e desconhecidas, nas quais precisamos de proteção.
Porém, quando a ansiedade torna-se exagerada e começa a interferir negativamente em nossa qualidade de vida, ela pode se tornar um problema que exige tratamento psicológico. E é sobre isso que discutiremos neste artigo: quando a ansiedade passa a ser patológica e como lidar com ela?
Como identificar?
Caracterizada por um sentimento indefinido e desagradável de medo e apreensão em relação a um perigo desconhecido, a ansiedade patológica pode se manifestar de diferentes formas, tais como: tontura, tremores, inquietação, suor em excesso, falta de ar, tensões musculares, insônia, irritabilidade, problemas gastrointestinais, palpitações e desmaios.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com mais de 18 milhões de brasileiros sofrendo de ansiedade patológica. Isso representa cerca de 10% da população nacional. Ou seja, se você está passando por isso, saiba que não está sozinho!
Os transtornos de ansiedade
É importante destacar que existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade que podem ser considerados patológicos. Entre eles, estão:
- As fobias específicas, que são caracterizadas por um medo excessivo e irracional de um objeto ou situação específica, levando a pessoa a evitar essas situações a todo custo;
- O transtorno obsessivo-compulsivo, marcado por obsessões e compulsões, comportamentos repetitivos que aliviam a ansiedade do indivíduo;
- Os ataques de pânico, episódios de medo intenso e repentino, acompanhados de sintomas como palpitações, falta de ar e tremores;
- O transtorno de estresse pós-traumático, que ocorre após a vivência de um evento traumático, sendo caracterizado por flashbacks, esquiva a situações que lembrem o trauma e medo de que o evento se repita;
- A ansiedade generalizada, um estado constante de preocupação excessiva em diversos setores da vida;
- E a fobia social, o medo de ser avaliado e rejeitado pelos outros, o que leva o indivíduo a evitar interações sociais.
Tratamento
Após a identificação da ansiedade patológica, é fundamental buscar ajuda profissional. Nesses casos, o tratamento costuma envolver uma abordagem multidisciplinar, que inclui a avaliação com um médico psiquiatra e o acompanhamento psicoterapêutico com um psicólogo.
De um lado, o médico pode prescrever medicamentos específicos para controlar os sintomas da ansiedade. Do outro, o processo psicoterapêutico e o psicólogo podem ajudar a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento negativos associados à patologia em questão.
É fundamental lembrar que toda pessoa é única e o tratamento para cada problema pode e costuma variar de acordo com as necessidades individuais. Além do mais, não só a busca por ajuda profissional é um passo importante para lidar com a ansiedade de forma saudável e eficaz, mas também o autocuidado!
Outras dicas
Além do tratamento profissional, outros hábitos desempenham papel essencial no controle da ansiedade. Exercer um hobby regularmente, por exemplo, pode distrair a mente e trazer prazeres além das obrigações; praticar exercícios físicos libera endorfinas, aumentando a sensação de bem-estar; e a técnica de respiração profunda acalma corpo e mente.
Cuidar do sono e da alimentação é outro hábito indispensável, capaz de revigorar qualquer ser humano! Mas, talvez o mais importante deles, seja o apoio social. Não importa se é uma conversa com pessoas de confiança ou num acompanhamento terapêutico em grupo! Todo tipo de suporte e compreensão nos lembra que não estamos sozinhos nessa jornada e que há saídas disponíveis.
