Conheça os motivos mais comuns pelos quais um casal pode buscar
apoio psicológico.
Relacionar-se é uma tarefa difícil sob diversos aspectos, especialmente quando falamos de casamento. Não obstante, a psicoterapia de casal desempenha um papel importante na promoção da saúde emocional dos envolvidos, buscando propiciar um terreno seguro para o enfrentamento dos desafios do relacionamento.
É fundamental destacar, porém, que o compromisso do tratamento não é com a manutenção ou a ruptura do casamento, mas com o bem-estar emocional dos indivíduos. Nesse sentido, a flexibilidade e a mudança são traços de uma relação saudável, enquanto a rigidez e a estereotipia podem caracterizar patologia.
Em geral, a demanda pela psicoterapia de casal surge quando o casal enfrenta um sofrimento específico relacionado ao funcionamento conjugal. Separamos alguns dos mais recorrentes!
Comunicação falha
Em determinado momento, o casal pode perceber que a comunicação se tornou superficial, ineficiente ou até mesmo inexistente, podendo buscar a psicoterapia de casal como uma forma de aprender a se expressar de maneira mais saudável. O terapeuta ajudará o casal a desenvolver habilidades de escuta ativa, a expressar suas necessidades e emoções de forma clara e respeitosa e a encontrar maneiras de criar um espaço de diálogo aberto e construtivo.
Problemas financeiros
Questões relacionadas ao dinheiro costumam exercer enorme pressão sobre um relacionamento. Quando o casal se vê lidando com problemas financeiros, como dívidas, falta de planejamento financeiro ou diferenças de prioridades, a psicoterapia pode oferecer orientação e suporte no sentido de: a) ajudar na identificação dos padrões de comportamento financeiro; b) procurar metas, projetos e sonhos comuns; e c) dividir as obrigações financeiras dentro da relação.
Dilemas sexuais
A intimidade sexual é parte fundamental dos relacionamentos amorosos, mas, quando a libido e a admiração mútua estão abaladas, a psicoterapia pode promover um espaço para explorar essas questões. No setting psicoterapêutico, faz-se possível comunicar abertamente sobre as necessidades relacionadas à sexualidade, identificar a causa dos problemas abordados e, assim, desenvolver estratégias para revitalizar a intimidade.
Conflitos repetitivos
Quando um casal se encontra preso em padrões de conflito e tensão, nos quais os mesmos problemas surgem repetidamente, a busca da psicoterapia também é recorrente. Um profissional pode ajudar a identificar as causas subjacentes dos conflitos, a desenvolver habilidades de resolução de problemas e a aprender a lidar com as diferenças de maneira construtiva. O problema torna-se ainda mais passível de ajuda profissional quando há filhos envolvidos nos conflitos e também quando algum dos cônjuges possui uma psicopatologia, como alcoolismo e depressão.
Traição
A infidelidade, seja emocional ou física, é outro tema recorrente nas salas da psicoterapia de casal, que pode desempenhar um papel importante na reconstrução da confiança. O trabalho na terapia costuma envolver a comunicação aberta e honesta sobre o ocorrido, a tentativa de reconstrução da intimidade e a definição de limites claros dentro do relacionamento. Com esse trabalho, é possível processar as emoções relacionadas à traição, explorar as razões por trás do episódio e desenvolver estratégias para a superação do trauma.
Conclusão
A psicoterapia mostra-se como uma abordagem valiosa para promover a saúde emocional dos indivíduos que compõem um casal, colocando-os no caminho de escolhas assertivas e benéficas para ambos, independentemente da manutenção ou não do relacionamento.
No entanto, ao explorar os desafios da relação conjugal, a psicoterapia de casal oferece, sim, a oportunidade de identificar e trabalhar os padrões disfuncionais, promovendo uma maior compreensão mútua e a construção de uma intimidade mais saudável.
Além disso, ela pode ser uma ferramenta eficaz para lidar com problemas que afetam não apenas o casal, mas também os filhos, uma vez que muitas vezes os distúrbios de comportamento apresentados pelas crianças têm raízes na relação dos pais.